A língua tupi, ou tupi antigo, é uma língua arcaica falada pelos povos tupis que habitavam a maior parte do litoral do Brasil no século XVI. É a língua indígena clássica do Brasil e a que teve mais importância na construção espiritual e cultural do país.

Hoje uma língua morta, o tupi foi amplamente falado nos primeiros séculos da colonização portuguesa nas Américas, tanto pelos nativos como pelos europeus (ou brasileiros com antepassados europeus). Seu registro foi feito por padres jesuítas, como José de Anchieta; e viajantes, como Claude d'Abbeville. Graças ao registro do idioma, especialmente o dos jesuítas, preservou-se o conhecimento da língua do Brasil dos primeiros séculos, de modo que o tupi antigo é a língua indígena brasileira mais bem conhecida.

Embora o idioma não exista mais em sua forma primitiva, ele deu origem ao nheengatu, também chamado de língua geral amazônica, ou ainda tupi moderno. Uma língua que atualmente é muito falada é o guarani moderno, que possui parentesco muito próximo com o tupi. Dentre os grupos reconhecidos pelos historiadores, antropólogos e linguistas que tinham o tupi antigo como língua materna estão os tupinambás, tupiniquins, caetés, tamoios, potiguaras, temiminós e tabajaras.